José Carlos Loureiro é o arquitecto responsável pela Faculdade de Ciências da Saúde. Este profissional, natural da Covilhã, admira agora a obra terminada. No dia da inauguração, José Loureiro e o seu filho, Manuel Loureiro, também arquitecto e co-responsável pelo projecto passeavam-se pelos corredores do complexo e descobriam os espaços que outrora imaginaram no desenho.
O principal mentor desta construção destaca-lhe a sua “horizontalidade”. Feita assim, “propositadamente”, com o intuito “de esbater o caos urbanístico que se encontra hoje na Covilhã”. Para quem entra na cidade “este é um ponto sereno que se enquadra na geografia natural do terreno”. Dito assim até parece simples, mas quando os dois arquitectos olharam para o caderno de encargos e para as necessidades requeridas pela UBI ficaram algo apreensivos. Depois de “muitas noites em claro e horas de trabalho a pensar pormenores”, José Carlos Loureiro não poupa elogios à obra. Segundo este arquitecto que conta já no seu currículo o desenho da Faculdade de Ciências do Porto, da Faculdade de Biologia da Universidade de Aveiro, do Complexo Pedagógico de Gualtar, na Universidade do Minho e do Edifício das Engenharias da UBI, “a Faculdade de Ciências da Saúde é um dos edifícios-escola mais avançados da Europa”.
A mesma opinião parece ter o presidente da Faculdade de Ciências da Saúde. João Queiroz refere que todo o projecto para esta nova escola “foi alicerçado no que é o ensino da Medicina por essa Europa fora”. O responsável pelo ensino da Medicina na Covilhã explica que este novo complexo “permite muitas avaliações e auto-avaliações que nos levam a formar cada vez melhor os nosso alunos”. O mesmo sublinha que “estas instalações representam qualquer coisa de excelente”. Isto porque, no que diz respeito à parte pedagógica, a faculdade está munida de salas de tutorias e de auto-aprendizagem “como não há na Europa”, adianta. O mesmo se aplica “em termos de dimensão, de luminosidade, de exposição e de capacidades para os alunos trabalharem”. No que respeita ao centro de investigação, os laboratórios, em termos de espaço, em termos de organização, “podem chegar à excelência”, refere Queiroz, que conclui dizendo que “se fosse aluno iria sentir-me muito bem aqui”.
O edifício recebe, já no próximo mês de Setembro “todos os anos do curso de Ciências da Saúde” e passa depois a receber algumas disciplinas do curso de Ciências Biomédicas. Quanto à nova licenciatura em Ciências Farmacêuticas, que espera aprovação do ministério da tutela, o docente responsável pela FCS explica que “os dois primeiros anos vão funcionar nas instalações onde agora se ministram as Ciências da Saúde, uma vez que esse tempo lectivo está mais ligado com a Química e com a Matemática”. Os três últimos anos são passados já na nova faculdade.
O complexo foi concebido de acordo com o modelo pedagógico da faculdade
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Inovar em todos os sentidos
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Pensado para acolher 700 alunos, 250 docentes e mais de meia centena de investigadores o edifício que está instalado junto ao Centro Hospitalar da Cova da Beira, apresenta-se como um grande pátio virado para a cidade. No seu interior acolhe um auditório ao ar livre que pode ser utilizado para diversas actividades. O reitor da UBI, Manuel Santos Silva explica também que “todo o edifício foi concebido para centralizar a aprendizagem no aluno”. Santos Silva sublinha que estas instalações são “viradas para as pessoas, para formar os médicos do futuro”. O responsável máximo pela UBI adianta ainda que “quando se fala em Bolonha este edifício permite dizer que os parâmetros desse processo se realizam nas melhores condições, neste edifício”.
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