Esta estrutura serve de apoio aos
cursos de Letras, mas está aberta a toda a comunidade
académica
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Laboratório
de línguas
A química dos
idiomas
Com a Europa arrumada
num pequeno armário e os pontos mais conhecidos
do velho continente espalhados pelas paredes, o laboratório
de línguas da UBI espera servir de base de conhecimento
de vários dialectos. A funcionar no primeiro andar
da Biblioteca Central, este espaço junta já
em seu redor um verdadeiro mundo de actividades.
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Por Eduardo
Alves
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Respira-se um ar diferente
na sala espaçosa e iluminada do primeiro andar da
Biblioteca Central. Talvez seja dos vários dialectos
que se vão ouvindo, provenientes dos computadores,
como se de um sussurro se tratasse. São estas três
dúzias de aparelhos que concentram a maior atracção
de todo o espaço. As novas tecnologias “são
aqui utilizadas para passar conhecimentos mais antigos”,
começa por esclarecer Josué.Milheiras, Formado
em Língua e Cultura Portuguesas (LCP), que recorda
como “começou toda esta aventura”. Ainda
quando o Departamento de Comunicação e Artes
funcionava no pólo IV, no edifício do Ernesto
Cruz, já os responsáveis pela licenciatura
de LCP mostravam interesse e criar um centro de línguas.
Por aquela altura, em que os dialectos começavam
a dar os primeiros passos no meio académico ubiano,
“utilizavam-se duas cabines, tipo telefone, onde os
alunos podiam escutar gravações áudio
e trabalhar a fonética”. Para além do
exíguo espaço, os meios e os financiamentos
também não abundavam. Com a mudança
de instalações do Departamento de Comunicação
e Artes para o pólo principal da UBI, esta estrutura
passou a dispor de mais espaço. Um incremento que
também se verifica no número de alunos que
agora frequentam esta estrutura “de apoio à
formação de todos os alunos da UBI”,
acrescenta o responsável pelo laboratório.
Palavras, costumes e geografia |
Estudam-se vários parâmetros dos países
europeus |
Um dos maiores avanços que os promotores deste projecto
apontam ao laboratório de línguas prende-se
com a sua singularidade na forma de contextualizar os idiomas.
Ao que se junta a forma avançada e as tecnologias
utilizadas no ensino das várias línguas utilizadas
em todo o mundo.
No que respeita à contextualização,
Paula Mesquita, docente na UBI desenvolveu um dicionário
interactivo que consegue traduzir e contextualizar as palavras
consoante os meios onde elas estão inseridas. A este
programa chamou de “Corpura”. Este tem a capacidade
de, “traduzir uma palavra inglesa para a língua
portuguesa, em método livre esta tradução
pode variar consoante o seu contexto ou utilização”,
explica Josué. Imagine-se um texto científico,
da área da mecânica, “com toda a certeza
que terá algumas palavras cuja tradução
livre não levará à sua contextualização”.
Com o software, “um dicionário interactivo”,
desenvolvido pela docente e utilizado no laboratório
de línguas, “há o cuidado e a possibilidade
de enquadrar, contextualizar as palavras”. Este responsável
exemplifica possíveis utilizações do
laboratório por alunos das ciências exactas
e outras, porque, “este espaço está
aberto a toda a comunidade, ou seja, a alunos, docentes
e funcionários ou outros que aqui queiram vir”,
adianta o licenciado em LCP.
Neste laboratório,
as novas tecnologias andam de mãos dadas
com antigos saberes
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Novas tecnologias no ensino de línguas seculares
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O pequeno móvel que ornamenta uma das paredes deste
espaço multicultural guarda “toda a Europa”.
A comparação é aplicada desde o prisma
das novas tecnologias. CD-ROM’s, DVD’s, vídeos
e cassetes de áudio armazenam as informações
sobre os vários países cujo idioma é
“cultivado” neste laboratório. Uma pequena
parte da Torre de Babel parece ter vindo a alojar-se no
antigo edifício dos serviços municipalizados.
Josué exibe com algum orgulho este tipo de material.
As suas utilizações múltiplas “são
uma grande ajuda ao explorar das potencialidades deste espaço”.
Equipados com um software específico para a utilização
em causa, os 16 computadores servem de “sala de aula
virtual”. Os docentes que queiram utilizar o espaço
“podem inserir dados, apresentações,
exercícios, toda uma infinidade de coisas no computador
que gere o sistema, e posteriormente, distribuir esses mesmos
dados ou exercícios, para os computadores dos alunos”,
vai explicando o responsável pelo laboratório.
Com esta prática, o docente pode até “fazer
teste e todas as outras utilizações que se
dão a um computador”. Com o acréscimo
de conseguir visualizar todas as acções dos
alunos, no momento”, sublinha Josué.
Rentabilizar espaço e equipamento |
Estão previstas várias actividades
para todos os alunos |
Mas a menina dos olhos deste licenciado em LCP e agora encarregado
pelo laboratório parece ser um conjunto de CD’s
com cursos práticos de inglês, francês
e espanhol. Com estes “discos mágicos”,
todos os interessados podem aprender a falar “correcta
e fluentemente os idiomas em causa”. Isto porque,
o software tem a capacidade de passar sons em formato áudio,
acompanhados de imagens e outros dados e também de
interagir com o utilizador. Isto porque “se uma pessoa
está agora numa fase de aprendizagem inicial, pode
ouvir um texto, no final, o computador vai pedir ao aluno
que leia um determinado texto, quer pela pronúncia,
quer pela conjugação das frases, só
passa à fase seguinte, se o exercício for
efectuado de forma correcta”.
Esta e outras potencialidades vão ser ainda mais
exploradas. Logo no começo do segundo semestre, o
laboratório de línguas vai realizar cursos
de inglês, francês e espanhol, em diferentes
níveis. A médio prazo, os responsáveis
estão mesmo a pensar em “promover cursos mais
específicos”. Isto é, “destinados
e um tipo de público muito restrito, como é
o caso da linguagem utilizada em economia, mecânica,
ou medicina”.
Por agora, esta autêntica babel em ponto pequeno vai
começando a ganhar conteúdo. Pedidos de manuais
escolares em alemão, inglês e outras línguas
já foram feitos “ e alguns já responderam
de forma bastante positiva”. Organizar uma pequena
biblioteca, com literatura específica é uma
das metas a curto prazo. Outro dos objectivos que está
já em adiantada fase de execução passa
por organizar um mapa de toda a bibliografia disponibilizada
pelos docentes nos cursos de línguas, de forma a
que “um aluno que queira consultar uma determinada
obra saiba se ela existe na biblioteca da UBI, ou na Biblioteca
Nacional, ou noutra qualquer estrutura e qual o seu local,
suporte e conteúdo exactos”, remata Josué
Milheiras, que está a desenvolver esta “base
de dados”.
Os utilizadores deste espaço, nomeadamente, os alunos
do Departamento de Comunicação e Artes “podem
agora vir aqui consultar os testes e exames de épocas
passadas”, de forma a conseguirem melhores notas nas
suas provas. Josué vai também começar
uma compilação dos melhores trabalhos de final
de curso, “uma monografia de todos os alunos”,
para que depois, “os que se seguirem possam aqui ter
uma ferramenta de consulta bastante importante”, reitera
aquele funcionário. |
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