A unidade de hemodiálise
era esperada há muito na região
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Obras avançam
a bom ritmo
Centro de Hemodiálise
abre em Junho
A unidade de iniciativa
privada, que representa um investimento total de dois
milhões e meio de euros, vai permitir aos 84 doentes
da Covilhã e Fundão fazerem diálise
mais perto de casa.
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Ana Rodrigues
Ribeiro
NC / Urbi et Orbi
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A unidade de hemodiálise
da Covilhã, com capacidade para tratar 120 doentes
e possibilidade de ampliar as instalações
para dar resposta a 180 hemofílicos, deve entrar
em funcionamento em Junho. Inicialmente a estrutura vai
receber os 84 doentes que existem nos concelhos da Covilhã
e Fundão, que têm de se deslocar três
vezes por semana à Guarda, Coimbra, Portalegre ou
Abrantes. Mas outras pessoas podem a vir ser tratadas aqui.
O projecto é um investimento privado na ordem dos
dois milhões e meio de euros, resultado de uma parceria
entre a Iberoimagem, propriedade de Brito Rocha, Fernando
Jorge e Ernesto Rocha, e a empresa líder de equipamentos
do sector, a alemã Fresenius Medica [ Care.
Construído em frente à futura Faculdade de
Ciências da Saúde, que estará pronta
no final do ano, o Centro de Hemodiálise ocupa uma
área de 1700 metros quadrados e, segundo os responsáveis,
vai ser uma estrutura ao nível das melhores do País
e do mundo, com os melhores equipamentos. Ernesto Rocha,
responsável pelo projecto e nefrologista no Hospital
Amato Lusitano, em Castelo Branco, diz que no distrito há
150 doentes activos a fazer tratamento e que a tendência
é para esse número aumentar, porque se trata
de uma população idosa que já não
tem hipótese de transplante.
Por isso frisa que esta unidade está a ser criada
não só para as necessidades actuais como também
para as futuras, uma vez que existe a possibilidade de aumentar
a capacidade de pessoas a tratar. Ernesto Rocha calcula
que entre cinco a sete anos o número de doentes nos
concelhos da Covilhã e Fundão passe de 84
para 120. E salienta a vantagem de as pessoas terem onde
se tratar perto de casa. O que, sublinha, se traduz também
em benefícios para o Estado, que "vai poupar
milhares de contos nas deslocações destes
utentes". O Ministério da Saúde vai financiar
os tratamentos.
A preocupação com a qualidade da água,
que é de uma "importância capital para
o tratamento dos doentes", é também tida
em conta. A autarquia vai instalar um sistema de monitorização
permanente em todo o concelho, que dispara assim que detecta
alterações na cloragem. A inevitável
central de tratamento de águas é também
uma realidade, composta por três depósitos.
Um para a recepção da água e os outros
dois para o seu tratamento.
O Centro vai criar 50 postos de trabalho e vai também
resolver o problema, por exemplo, dos emigrantes, que têm
dificuldade em vir de férias por não ter onde
fazer o tratamento. E esta unidade vai resolver o problema
não só aqui como noutras áreas, uma
vez que com a transferência de doentes para a Covilhã
abrem também vagas nos outros locais para atender
a essa situação sazonal.
A estrutura vai funcionar com três turnos e cada um
pode fazer o tratamento simultâneo de 20 pessoas.
Durante os seis dias em que está aberto tem capacidade
para fazer 360 diálises por semana. |
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