Durão Barroso
esteve na passada sexta feira, 23, na Covilhã.
O objectivo da visita foi a inauguração
da nova residência para estudantes da UBI, localizada
na antiga fábrica de lanifícios Roque Cabral.
A residência vai funcionar de forma livre, num formato
de mini-apartamentos, em que no máximo tem 4 alunos
no mesmo espaço, com uma infra-estrutura comum
(casa de banho, electrodomésticos). “Centralizamos
as cozinhas por piso, porque não seria viável
colocar uma em cada mini-apartamento”, descreve,
Santos Silva, Reitor da UBI. Em cada piso, os alunos têm
tudo o que é necessário para poderem cozinhar
as suas próprias refeições e conviver
num mini-refeitório.
Com uma área bruta de 7300 metros quadrados, a
nova residência é constituída por
168 quartos, 330 camas, 6 cozinhas, lavandaria e 5 salas
de estudo. Encontra-se também equipada com tecnologia
wireless, permitindo o acesso à Internet a partir
de qualquer ponto do edifício.
A possibilidade do snack do pólo IV passar a estar
aberto também durante a noite vai estar dependente
da procura. “Nos primeiros meses do próximo
ano lectivo, vai decorrer um período de experiência
e se a procura o justificar irá funcionar dessa
forma”, garante Santos Silva.
”Criar ensino de qualidade”
No seu discurso, o primeiro-ministro lançou a
questão: ”Que melhor forma de homenagear
o 25 de Abril do que dedicar o dia ao ensino superior,
ao ensino de qualidade?” Durão Barroso, que
acabava de chegar de uma visita ao Instituto Politécnico
de Castelo Branco, reiterou ter vindo à Covilhã
“inaugurar a maior e melhor residência universitária
de Portugal”
Durão Barroso apontou como importante a criação
das condições para um ensino superior de
qualidade, “ainda mais numa região de interior
como esta”. Enaltecendo a democratização
do acesso ao ensino depois do 25 de Abril de 1974, o primeiro-ministro
destacou ou o facto de “13 por cento do orçamento
do Ensino Superior ser actualmente absorvido pela Acção
Social”. “Nos últimos 10 anos, passámos
de 16 mil e 500 alunos bolseiros para cerca de 70 mil,
nos sistemas público e privado”, informou.
Durão Barroso defendeu a aplicação
do principio da participação dos estudantes
e das famílias no financiamento do ensino superior.
“Que paguem os que podem, para que todos frequentem
o ensino superior”, sublinhou.
Ainda durante a cerimónia, o primeiro-ministro
presidiu à assinatura de um contrato programa entre
o Ministério da Ciência e Ensino Superior
e a UBI no valor de 1 milhão e 475 mil de euros,
que, de acordo com o Reitor, Santos Silva, “fundamentalmente,
corrigirá assimetrias de ordem regional”.
É aí que está a componente mais significativa
do financiamento a ser distribuído até 2007,
mas “também há uma parte que se dirige
à implementação de melhorias pedagógicas,
combate ao insucesso escolar, modernização
dos processos administrativos e, sobretudo, dos processos
académicos”, relata o Reitor.
“Em vez de distribuírem verbas do Orçamento
de Estado em função do número de
alunos, estes contratos-programa regem-se pela qualidade
e originalidade de projectos e correcção
de assimetrias”, explicou Durão Barroso.
Santos Silva aproveitou a visita do principal governante
do País para passar a mensagem de que, apesar da
inauguração da residência, “a
UBI está necessitada em outros domínios,
como é o caso de alimentação, em
que se necessita de uma nova unidade alimentar”.
Outro “grande problema na UBI” é a
unidade de Ciências Sociais e Humanas, onde funciona
também o Departamento de Letras, e “não
existe espaço suficiente para todos”. O Reitor
espera que “a obra de reconstrução
do edifício seja finalmente inscrita em PIDDAC
este ano”, para que as obras possam começar
em 2005.
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