Sérgio Felizardo
NC/Urbi et Orbi


O arcipestre da Covilhã, José Geraldes, Carlos Pinto e o bispo da Guarda, foram alguns dos intervenientes na cerimónia do lançamento da primeira pedra

"Ao longo dos anos, as chaminés das fábricas e as torres das igrejas partilharam, na Covilhã, uma harmoniosa paz. Hoje, a realidade é outra. É importante que caminhem à luz do novo mundo e a nova igreja da cidade quer ser essa luz". As palavras emocionadas do bispo da Guarda, D, António dos Santos, serviram de mote ao lançamento da primeira pedra da futura Igreja da Santíssima Trindade. Uma cerimónia a que assistiram largas dezenas de populares, várias entidades públicas covilhanenses, bem como o arquitecto responsável pelo projecto, Laia Rodrigues, e membros da Comissão Fabriqueira, e que decorreu no sábado, 2.
O novo templo da cidade, a erguer na zona da Estação, em frente à rotunda do Tribunal, pretende ser um marco importante no âmbito da cultura e formação das pessoas. Para D. António dos Santos, que, na intervenção que precedeu a bênção do espaço, fez questão de lembrar os nomes de todos os que, ao longo dos anos, "lutaram pela edificação do espaço", com destaque para o padre José Baptista (ver caixa), "é necessário agora que todos copiem o amor que existe entre os elementos da Santíssima Trindade", de forma a valorizar realmente o nome escolhido. O presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto, por sua vez, recordou a importância das igrejas na cidade e na vivência dos seus habitantes e sublinhou: "Nesta área urbana, em pleno desenvolvimento, é imprescindível que surja uma obra destas".
A nova igreja, com 700 metros quadrados, assenta sobre um espaço subterrâneo para estacionamento de automóveis e tem capacidade para 750 lugares sentados. A capela lateral acolhe mais 50 pessoas. Fazem ainda parte da estrutura uma sacristia, cartório paroquial, secretaria, arquivo, duas salas de acolhimento e duas capelas mortuárias. Num piso inferior há lugar para uma sala de reuniões, salão de festas, copa de apoio, bar, salão polivalente e quatro salas de catequese. A obra deve ser inaugurada em 2003 e o investimento ascende a um milhão e 320 mil euros, comparticipados em meio milhão pela Direcção Geral do Ordenamento do Território e em 150 mil euros pela autarquia. Uma novidade avançada por Carlos Pinto durante a cerimónia.

 



O sonho do padre Zé

 

O sonho antigo do padre Zé está a concretizar-se. Elogiado por todos os intervenientes na cerimónia de lançamento da primeira pedra da nova igreja da cidade, como um dos grandes "orquestradores" da obra, o antigo pároco de Santa Maria não escondeu a emoção.
À imprensa diria, mais tarde, que "era um dos momentos mais felizes da sua vida". Em todos os presentes ficou a sensação de que o dia de sábado, 2, constituiu para o padre Zé, o atingir de uma meta que, durante largos anos, perseguiu com insistência e perseverança.